Muitos de nossos leitores estão cientes da recente
crise que abalou o Socialist Workers Party (SWP) britânico, associado ao
falecido dirigente Tony Cliff. Além das alegações de estupro contra um membro de
liderança do grupo e da subsequente cobertura burocrática de qualquer
investigação consistente, também vieram à tona protestos dos membros de base a
respeito da tradicional hostilidade do SWP ao feminismo. Em resposta a isso, a
liderança da International Socialist Organization (ISO) dos Estados Unidos (que
também tem raízes históricas no rompimento antissoviético de Tony Cliff com o
movimento trotskista) decidiu, em um ato bastante transparente de pânico
burocrático, renunciar a sua semelhante hostilidade prévia com relação ao
feminismo por medo de que a crise atingisse sua própria organização. Diante
desses fatos, nossa polêmica de março de 2009, sobre a oposição que muitas
organizações que se consideram trotskistas fazem ao feminismo, merece renovada
atenção. Por esse motivo, nós sugerimos aos nossos leitores esse artigo no Dia
Internacional da Mulher Trabalhadora de 2013.
30 de março de 2009